YEMANJÁ
"Deusa das Águas salgadas e mãe de todos os Orixás"
Sincretismo: Nossa Senhora dos Navegantes
Comida: Peixe, canjica branca cozida feita no dendê, camarão e cebola.
Qualidades: Ogunté, Iassessú, Sabá e outras.
Saudação: Eruia! Odoiá!
Odoiá minha mãe!
Iemanjá, cujo nome deriva de Yèyé m já (“Mãe cujos filhos são peixe” ), é o orixá dos gbá, uma
nação Iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yem já. As
guerras entre nações Iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX. Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram
consigo os objetos sagrados, suportes do à da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região,
tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser
confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros,
nação Iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yem já. As
guerras entre nações Iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX. Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram
consigo os objetos sagrados, suportes do à da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região,
tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser
confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros,
O principal templo de Iemanjá está localizado em Ibará, um bairro de Abeokutá. Os fiéis desta
divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, não no rio Ògùn, mas numa
fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Esta água é recolhida em jarras, transportada numa
procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores.
O cortejo na volta vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.
Iemanjá seria a filha de Olóòkun, deus (em Benim) ou deusa (em Ifé) do mar. Numa história de Ifá,
ela aparece “ casada pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olo fin,
rei, com o qual teve dez filhos, cujos nomes enigmáticos parecem corresponder a outros orixás. Dois
deles são facilmente identificados: Ò ùmàrè-ègò-béjirìn-f nná-diwó (“O arco-íris-que-se-deslocacom-a-chuva-e-guarda-o-fogo-nos-seus-punhos” ) e Arìrà-gàgàgà-tí-í-béjirìn-túmò-eji (“O trovão-quese-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos” ). Essas denominações representam,
respectivamente, Oxumaré e Xangô.
divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, não no rio Ògùn, mas numa
fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Esta água é recolhida em jarras, transportada numa
procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores.
O cortejo na volta vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.
Iemanjá seria a filha de Olóòkun, deus (em Benim) ou deusa (em Ifé) do mar. Numa história de Ifá,
ela aparece “ casada pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olo fin,
rei, com o qual teve dez filhos, cujos nomes enigmáticos parecem corresponder a outros orixás. Dois
deles são facilmente identificados: Ò ùmàrè-ègò-béjirìn-f nná-diwó (“O arco-íris-que-se-deslocacom-a-chuva-e-guarda-o-fogo-nos-seus-punhos” ) e Arìrà-gàgàgà-tí-í-béjirìn-túmò-eji (“O trovão-quese-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos” ). Essas denominações representam,
respectivamente, Oxumaré e Xangô.
Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao Oeste. Outrora, Olóòkun
lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois “ não se sabe
jamais o que pode acontecer amanhã, com a recomendação, pois” não se sabe jamais o que pode
acontecer amanhã “ , com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo. E assim,
Iemanjá foi instalar-se no”Entardecer-da-Terra”, o Oeste. Olofin-Odùduà, rei de Ifé, lançou seu
exército à procura da sua mulher. Cercada, Iemanjá, em vez de se deixar prender e ser conduzida de
volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora,
levando-a para Òkun, o oceano, lugar de residência de Olóòkun (Olokum).
lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois “ não se sabe
jamais o que pode acontecer amanhã, com a recomendação, pois” não se sabe jamais o que pode
acontecer amanhã “ , com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo. E assim,
Iemanjá foi instalar-se no”Entardecer-da-Terra”, o Oeste. Olofin-Odùduà, rei de Ifé, lançou seu
exército à procura da sua mulher. Cercada, Iemanjá, em vez de se deixar prender e ser conduzida de
volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora,
levando-a para Òkun, o oceano, lugar de residência de Olóòkun (Olokum).
Iemanjá tem diversos nomes, relativos, como no caso de Oxum, aos diferentes lugares profundos (ibù) do rio. Ela é representada nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais majestosos – ou somente um deles, segundo outra lenda – foi origem de desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse honestamente prevenido antes do casamento que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal feliz. Uma noite, porém, o marido havia se embriagado com vinho de palma e, não mais podendo controlar as suas palavras, fez comentários sobre seu seio volumosos. Tomada de cólera, Iemanjá bateu com o pé no chão e
transformou-se num rio a fim de voltar para Olóòkun, como na lenda precedente.
Iemanjá recebe sacrifícios de carneiros e oferendas de pratos preparados à base de milho.
“Rainha das águas que vem da casa de Olokum” .
Ela usa, no mercado, um vestido de contas.
Ela espera orgulhosamente sentada, diante do rei.
Rainha que vive nas profundezas das águas.
Ela anda a volta da cidade.
Insatisfeita, derruba as pontes.
Ela é proprietária de um fuzil de cobre.
Nossa mãe de seios chorosos “ .
Fonte: Os Orixás e Agô Orixá.