domingo, 25 de junho de 2017

HISTÓRIA DOS ORIXÁS - "EWÁ"


EWÁ
Cobra-fêmea, representa os olhos.
Sincretismo: Santa Luzia.
Comida: Banana frita, feijão fradinho torrado.
Saudação: Irró!



EWÁ
Orixá dos astros, guerreira valente e caçadora das úmidas florestas. Ela é simbolizada pelos raios brancos do sol, pela neve, pelo sumo branco das folhas e a faixa branca do arco-íris. Diz-se que Ewá seria a irmã mais nova de Oxum e esposa do Rei Obaluaê.

A exemplo de Oxumaré, Iroko e Omolu, é a deusa dos mistérios e das magias, pois mantém em torno de si uma aura que ninguém é capaz de definir com exatidão. A única definição possível é que ela é o mistério. A encantadora Ewá é dona de uma beleza exótica e sensual. As virgens tem sua proteção, ou seja, tudo que é inexplorado: A mata virgem, rios e lagos,pois, ela é tida como "A vigem da mata, virgem dos lábios de mel". Ao entregar seu corpo a Xangô, provocou a ira de Iansã e refugiou-se nas profundezas das matas. Ali aprendeu com Oxossi a arte da caça.  

Ewá é também a Deusa dos céu estrelado e dos mistérios da noite. Ela nos visita através do brilho das constelações, nos proporciona bons sonhos e nos ajuda a alcançar nossos objetivo. Manifesta-se no céu rosado do fim de tarde e nesse momento pedimos sua proteção e dádivas. Devemos saudá-la para que nos mantenha protegidos. Mora na terra do perigo, que aprendeu a dominar com o rei Katu. Seu brilho é intenso, o céu reflete a cor rosa maravilhosa de sua aura. 

Ewá também é uma divindade feminina das águas e, às vezes, associada à fecundidade. É reverenciada como a dona do mundo e dona dos horizontes. Também é deusa do rio, porém, sua ligação com os rios é secundária e quase despercebida. Pertence a ela a faixa branca do arco-íris. Eborá* que protege as virgens e tudo o que é inexplorável, Ewá tem o poder da vidência. Senhora do céu estrelado rainha do cosmos, ela está no lugar onde o homem não alcança. É representada pelo raio do sol, pela neve, pela saliva.
Seu símbolo é o arco e flecha dourado, assim como o arpão, uma espingarda ou uma
serpente de metal. Uma deusa de muitos mistérios, pouco se sabe a seu resp
eito.



Eborás* são divindades menores, intermediárias entre Olorum e os seres humanos.



Fonte: Os  Orixás, Agô Orixá e A Cultura Religiosa dos Iorubás. 

quinta-feira, 15 de junho de 2017

HISTÓRIA DOS ORIXÁS - "XANGÔ"



XANGÔ
Deus da justiça e do fogo.
Sincretismo: São João Batista.
Comida: Amalá (Quiabo, dendê e cebola).
Qualidades: Baru, Airá, Agodô, Badé.
Saudação: Kauô! Cabiecinlé!

 
XANGÔ 
Kawo Kabiyesi le!
Xangô era filho de Oranian, valoroso guerreiro, cujo corpo era preto à direita e branco à
esquerda.
Homem valente à direita, homem valente à esquerda.
Homem valente em casa, homem valente na guerra.
Oranian foi o fundador do Reino de Oyó, na terra dos Iorubás. Durante suas guerras, ele passava sempre por Empé, em território Tapá, também chamado Nupê. Elempê, o rei do lugar, fez uma aliança com Oranian e deu-lhe, também, sua filha em casamento.
Desta união nasceu este filho vigoroso e forte, chamado Xangô. Durante sua infância em Tapá, Xangô só pensava em encrenca. Encolerizava-se facilmente,era impaciente, adorava dar ordens e não tolerava reclamação. Xangô só gostava de brincadeira de guerra e de briga. Comandando as crianças da cidade, ele ia roubar os frutos das árvores. Crescido, seu caráter valente o levou a partir em busca de aventuras gloriosas. Xangô tinha um oxé - machado de duas lâminas; tinha, também, um saco de couro, pendurado no seu ombro esquerdo.
Nele encontravam-se os elementos do seu poder ou axé:
aquilo que ele engolia para cuspir fogo e amedrontar, assim, seus adversários,
e a pedra de raio com as quais ele destruía as casas de seus inimigos. O primeiro lugar que Xangô visitou chamava-se Kossô. Aí chegando, a pessoas assustadas disseram:
"Quem é este perigoso personagem?"
"Ele é brutal e petulante demais!"
"Não o queremos entre nós!"
"Ele vai atormentar-nos!"
"Ele vai maltratar-nos!"
"Ele vai espalhar a desordem na cidade!"
"Não o queremos entre nós!"
Mas Xangô os ameaçou com seu oxé, sua respiração virou fogo e ele destruiu algumas casas com suas pedras de raio. Todo mundo de Kossô veio pedir-lhe clemência, gritando:
Kabiyei Sango, Kawo Kabiyei Sango Obá Kossôf
"Vamos todos ver e saudar Xangô, Rei de Kossô!"

Quando Xangô tomou-se rei de Kossô, ele pôs-se à obra. Contrariamente ao que as pessoas desconfiavam e temiam, Xangô fazia as coisas com alma e dignidade, realizava trabalhos úteis à comunidade, mas, esta vida calma não convinha a Xangô. Ele adorava as viagens e as aventuras, assim, partiu novamente e chegou à cidade de Irê, onde morava Ogum.
Ogum o terrível guerreiro,
Ogum o poderoso ferreiro.
Ogum estava casado com Iansã, senhora dos ventos e das tempestades. Ela ajudava Ogum em suas atividades, toda manhã, Iansã o acompanhava à forja e o ajudava, carregando suas ferramentas. Era ela, ainda, que acionava os sopradores para atiçar o fogo, o vento soprava e fazia: fuku, fuku, fuku. E Ogum batia sobre a bigorna: beng, beng, beng ...
Xangô gostava de sentar-se ao lado da forja para ver Ogum trabalhar, vez por outra, ele olhava para Iansã. Iansã, também, espiava furtivamente Xangô. Xangô era vaidoso e cuidava muito da sua aparência, a ponto de trançar seus cabelos como os de uma mulher. Ele fizera furos nos lobos de suas orelhas, onde pendurava argolas.Usava braceletes e colares de contas vermelhas e brancas. Que elegância!
Muito impressionada pela distinção e pelo brilho de Xangô, Iansã fugiu com ele e tomou-se sua primeira mulher. Xangô voltou por pouco tempo a Kossô, seguindo depois, com seus súditos, para o reino de Oyó, o reino fundado, antigamente, por seu pai Oranian. O trono estava ocupado por um meio-irmão de Xangô, mais velho que ele, chamado Dadá-Ajaká  um rei pacífico, que amava a beleza e a arte.
Xangô instalou-se em Oyó, num novo bairro que chamou de Kossô e conservou, assim, seu título de Obá Kossô - "Rei de Kossô". Xangô guerreava para seu irmão Dadá e o reino de Oyó expandia-se para os quatro cantos do mundo. Ele se estendeu para o Norte, se estendeu para o Sul, se estendeu para o Leste e para o Oeste. Xangô, então, destronou seu irmão Dadá-Ajaká e fez-se rei em seu lugar.
 

Kabiyei Sango Alafin Oyó Alayeluwa! 
"Viva o Rei Xangô, dono do palácio de Oyó e Senhor do Mundo!"
Xangô construiu um palácio de cem colunas de bronze. Ele tinha um exército de cem mil cavaleiros. Vivia entre suas mulheres e seus filhos. Iansã, sua primeira mulher, era bonita e ciumenta. Oxum, sua segunda mulher, era coquete e dengosa. Obá, sua terceira mulher, era robusta e trabalhadora.
Sete anos mais tarde, foi o fim do seu reino:
Xangô, acompanhado de Iansã, subira à colina Igbeti, cuja vista dominava seu palácio de cem colunas de bronze. Ele queria experimentar uma nova fórmula que inventara para lançar raios.
Baoummm!!!
A fórmula era tão boa que destruiu todo o seu palácio!
Adeus mulheres, crianças, servos, riquezas, cavalos, bois e carneiros. Tudo havia desaparecido fulminado, espalhado e reduzido a cinzas. Xangô, desesperado, seguido apenas de Iansã, voltou para Tapá. Entretanto, chegando a Kossô, seu coração não suportou tanta tristeza. Xangô bateu
violentamente com os pés no chão e afundou-se terra adentro. Iansã, solidária, fez o mesmo em
Irá.
Oxum e Obá transformaram-se em rios e todos tornaram-se orixás. 
Xangô, orixá do trovão, Kawo Kabiyei le! 
Iansã, orixá da tempestade, Êpa Heyi Oiá!
Oxum, orixá das águas doces, Orê Yeyê ô!




"Orixá da justiça e do fogo, Xangô é o terceiro Alafin-Oió, e viveu em 1450 a.C., destacando-se pela sua valentia e liderança. Foi marido de Oxum, Obá e Iansã. Castiga mentirosos, infratores e ladrões. Por isso a morte pelo raio é considerada infamante, assim como uma casa atingida por uma descarga elétrica é tida como marcada pela ira de Xangô. O xerê é um chocalho feito de porongo alongado, que quando agitado lembra o barulho da chuva, é um dos símbolos de Xangô. Outro símbolo bem conhecido é o oxé, um machado de duas lâminas que deixava Xangô muito poderoso."






Fontes: Agô Orixás e Lendas Africanas dos Orixás.

terça-feira, 13 de junho de 2017

HISTÓRIA DOS ORIXÁS - "OXUMARÊ"


OXUMARÊ
É a cobra-macho, o arco-íris; Rei do Axé Axumarê.
Comida: Banana frita no azeite de oliva, feijão fradinho.
Qualidades: Toquen.
Saudação: Arroboboi!


OXUMARÉ
Oxumaré é a serpente arco-íris; suas funções são múltiplas. Diz-se que ele é um servidor de Xangô e que seu trabalho consiste em recolher a água caída sobre a terra, durante a chuva, e leva-la de volta às nuvens... .
Oxumaré é a mobilidade e a atividade. Uma de suas obrigações é a de dirigir as forças que produzem o movimento. Ele é o senhor de tudo o que é alongado. O cordão umbilical, que esta sob seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore. Ele é o símbolo da continuidade e da permanência e, algumas vezes, é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda. Enrola-se em volta da terra para impedi-la de se desagregar. Se perdesse as forças, isso seria o fim do mundo... Eis aí uma excelente razão para não se negligenciar as suas oferendas.
Oxumaré é, ao mesmo tempo, macho e fêmea. Esta dupla natureza aparece nas cores vermelha e azul que cercam o arco-íris. Ele representa também a riqueza, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás.

Certas lendas de Ifá contam que “ ele era, outrora, um babalaô ‘filho co-proprietário da estola de cores brilhantes’ . Começou a vida com um longo período de mediocridade e mereceu, por essa razão, o desprezo de seus contemporâneos. Sua chegada final à glória e ao poder é simbolizada pelo arco-íris, que, quando aparece, faz as pessoas exclamarem: ‘Ora, ora, eis Oxumaré!’ Isso mostra que ele é universalmente conhecido e, como a presença do arco-íris impede que a chuva caia, demonstra também a sua força” .
Uma outra lenda: “ Este mesmo babalaô Oxumaré vivia duramente explorado por Olofin, o rei de Ifé, seu principal cliente. Consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias, mas o rei remunerava seus serviços com extrema parcimônia e Oxumaré viva num estado de semi-penúria. Felizmente para ele, foi chamado por Olokum, rainha de um reino vizinho, cujo o filho sofria de um mal estranho: não conseguia se manter em suas próprias pernas, tinha crises, nesses momentos, rolava sobre as cinzas ardentes do fogareiro. Oxumaré curou a criança e voltou a Ifé repleto de presentes, vestido com riquíssima vestimenta do mais belo azul. Olofin, espantado por este repentino esplendor e lastimando sua avareza passada, rivalizou em generosidade com Olokum, dano também a Oxumaré presentes de
valor e oferecendo-lhe uma roupa de uma bela cor vermelha. Oxumaré ficou rico, respeitável e respeitando, sem imaginar que tempos melhores ainda o esperavam. Olodumaré , o deus supremo, sofria da vista e mandou chamar Oxumaré; uma vez curado por seus cuidados recusou-se se separar dele. Desde essa época, Oxumaré reside no céu e só de tempos e tempos tem autorização de pisar na terra. Nessas ocasiões, os seres humanos tornam-se ricos e felizes” .



 "Oxumaré é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos. Suas tendências à duplicidade podem ser atribuídas à natureza andrógina de seu Deus. Com o sucesso tornam-se facilmente orgulhosas e pomposas e gostam de demonstrar sua grandeza recente. Não deixam de possuir certa generosidade e não se negam a estender a mão em socorro àquele que dela necessitam."




Fontes: Lendas Africanas dos Iorubás, Conhecendo os Orixás, Agô Orixá e Obra de "Verger Pierre Fatumbi."

HSTÓRIA DOS ORIXÁS - "OBALUAÊ"


OBALUAÊ
Deus da lepra, "médico dos pobres"
Sincretismo: São Lázaro - São Roque.
Comida: Deburu (pipoca).
Qualidades: Xapanã, Azauane, Omolu e outros
Saudação: Atotô!             





OBALUAÊ
Atotô!
Xapanã nasceu em Empê, no território Tapá, também chamado Nupê. Era um guerreiro terrível que, seguido de suas tropas, percorria o céu e os quatro cantos do mundo. Ele massacrava sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem. Seus inimigos saíam dos combates mutilados ou morriam de peste. Assim, chegou Xapanã em território Mahi, no Daomé. A terra dos mahis abrangia as cidades de Savalú e Dassa Zumê. Quando souberam da chegada iminente de Xapanã, os habitantes desta região, apavorados, consultaram um adivinho.
E assim ele falou:
"Ah! O grande Guerreiro chegou de Empê!
Aquele que se tomará o senhor do país!
Aquele que tomará este terra rica e próspera, chegou!
Se o povo não aceitá-lo, ele o destruirá!
É necessário que supliquem a Xapanã que vos poupe. Façam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste: inhame pilado, feijão, farinha de milho, azeite de dendê, picadinho de carne de bode e muita, muita pipoca! Será necessário, também, que todos se curvem diante dele, que o respeitem e o sirvam.
Desde que o povo o reconheça como pai, Xapanã não o combaterá, mas protegerá a todos!"
Quando Xapanã chegou, conduzindo seus ferozes guerreiros, os habitantes de Savalú e Dassa
Zumê reverenciaram-no, encostando suas testas no chão, e saudaram-no:
Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!
"Respeito e submissão!"

Xapanã aceitou os presentes e as homenagens, dizendo: "Está bem! Eu os pouparei!
Durante minhas viagens, desde Empê, minha terra natal, sempre encontrei desconfiança e hostilidade.
Construam para mim um palácio.
É aqui que viverei a partir de agora!"
Xapanã instalou-se assim entre os mahis. O país prosperou e enriqueceu, " e o Grande Guerreiro não voltou mais a Empê, no território Tapá, também chamado Nupê. Xapanã é considerado o deus da varíola e das doenças contagiosas. Ele tem, também, o poder de curar. As doenças contagiosas são, na realidade, punições aplicadas àqueles que o ofenderam ou conduziram-se mal.
Seu verdadeiro nome, é perigoso demais pronunciar. Por prudência, é preferível chamá-lo Obaluaê, o "Rei, Senhor da Terra" ou Omulú, o "Filho
do Senhor".


"Atua também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem. O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material. Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos."





Fonte: Conhecendo os Orixás, Agô Orixá e Lendas Africanas dos Orixás.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

HISTÓRIAS DOS ORIXÁS - "OSSAIN"


OSSAIN
Deus das folhas e das plantas medicinais
Comida: Fumo.
Saudação: Assaú! Eruegé.





OSSAIN, o senhor das folhas.
Ossain recebera de Olodumaré o segredo das folhas. Ele sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, as glórias, as honras, ou, ainda, a miséria, as doenças e os acidentes. Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta, eles dependiam de Ossain para manter a saúde ou para o sucesso de suas iniciativas. Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e imperioso, irritado com esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar, de Ossain, a propriedade das folhas. Falou do plano à sua esposa Iansã, a senhora dos ventos e explicou-lhe que, em certos dias,
Ossain pendurava, num galho de lroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas.
"Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias", disse-lhe Xangô.
Iansã aceitou a missão com muito gosto. O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando as árvores, quebrando tudo por onde passava e o fim desejado, soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram. Os orixás se apoderaram de todas. Cada um tomou-se dono de algumas delas, mas, Ossain permaneceu senhor do segredo de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. E, assim, continuou a reinar sobre as plantas, como senhor absoluto, graças ao poder (axé) que possui sobre elas.



"Ossain é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas. A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do à ( o poder ), imprescindível até mesmo aos próprios deuses. O nome das plantas, a sua utilização e as palavras ( f ), cuja força desperta seus poderes, são os elementos mais secretos do ritual no culto aos deuses iorubás. O símbolo de Ossain é uma haste de ferro, tendo, na extremidade superior, um pássaro em ferro forjado; esta mesma haste é cercada por seis outras dirigidas em leque para o alto."




Fonte: Lendas Africanas dos Orixás, Agô Orixá e Deuses Iorubás na África e no Mundo. 

domingo, 11 de junho de 2017

HISTÓRIA DOS ORIXÁS - "OXÓSSI"


OXÓSSI:
Deus da caça, da fartura e da colheita: Rei da Nação Ketu!
Sincretismo: São Sebastião.
Comida: Axoxó (feita de milho com coco).
Qualidades: Akuerã, Inlê, Ibualama, Nikolé e outros.
Saudação: Okê arô!



OXÓSSI
Deus da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú. Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá. É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum. Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça. Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossain apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes. Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossain, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda. Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das de suas principais características: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência. Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.

"Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição."




Fontes: A cultura dos Iorubás, Conhecendo os Orixás e Lendas Africanas dos Orixás.

HISTÓRIA DOS ORIXÁS - "OGUM"


OGUM:
Senhor das estradas, seus elementos são o "ferro" e o "fogo".
Sincretismo: São Jorge.
Comida: Cará, feijão preto.
Qaulidades: Ogum Já, Ogum Xoroquê, Ogum Onirê e outros.
Saudação: Ogum Yêêê, Patakori.




Ogum Yêêê!
Ogum era o mais velho e o mais combativo dos filhos de Odudua, o conquistador e rei de Ifé.
Por isto, tomou-se o regente do reino quando Odudua, momentaneamente, perdeu a visão.
Ogum era guerreiro sanguinário e temível.
"Ogum, o valente guerreiro, o homem louco dos músculos de aço!
Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue!"
Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos.
Ele trazia sempre um rico espólio de suas expedições, além de numerosos escravos.
Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odudua, seu pai, rei de Ifé.
"Ogum o violento guerreiro, o homem louco, dos músculos de aço.
Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue!"
Ogum teve muitas aventuras galantes.
Ele conheceu uma senhora, chamada "Elefunlosunlori" : Aquela que pinta a cabeça com pó branco
e vermelho.

Era a mulher de Orixá Okô, o deus da Agricultura.
De outra feita, indo para a guerra, Ogum encontrou, à margem de um riacho, uma outra mulher, chamada Ojá, e com ela teve o filho Oxóssi.
Teve, também, três outras mulheres que tomaram-se, depois, mulheres de Xangô,
Kawo Kabieyesi Alafin Oyó Alayeluwa!
Saudemos o Rei Xangô, o dono do palácio de Oyó, Senhor do Mundo!"

A primeira, Iansã, era bela e fascinante; a segunda, Oxum, era coquete e vaidosa; a terceira,
Obá, era vigorosa e invencível na luta.


"Ogum é desbravador, conquistador, guerreiro feroz e destemido. Foi o deus Orixá Oguian quem lhe ensinou a lutar e a trabalhar com o ferro e com a agricultura. Mas foi Ogum quem entregou os segredos dessa cultura aos homens. Por isso ele é chamado de Ogum Alagbedé, o ferreiro. Ele confeccionava as ferramentas para poder cultivar a terra de forma que também ficou conhecido como o deus da agricultura. É o filho primogênito de Oduduá, fundador dos iorubás. É considerado um dos mais ativos.  Aliado poderoso, guerreiro feroz,
Ogum é líder, centralizador de poder e hábil estrategista".


*Coquete: diz-se de ou pessoa que se esmera nos requintes da aparência, por tendência natural ou para agradar a outrem.




Fonte: Lendas Africana dos Orixás, Agô Orixá  e Cultura Religiosa dos Iorubás.

HISTÓRIA DOS ORIXÁS - "EXU"


EXU: 
Deus dos caminhos e das encruzilhadas. É representado como o símbolo fálico. Princípio dinâmico da realidade.
Sincretismo: Foi associado por muitos como o diabo.
Comida: cabrito, frango e miúdos.
Qualidades: Exu Pará, Alaketu, Lonã e outros.
Saudação: Laroiê, Exu! 





Laroyê!
Exu é o mais sutil e o mais astuto de todos os orixás.
Ele aproveita-se de suas qualidades para provocar mal-entendidos e discussões entre as
pessoas ou para preparar-lhes armadilhas. Ele pode fazer coisas extraordinárias como, por exemplo, carregar, numa peneira, o óleo que comprou no mercado, sem que este óleo se derrame desse estranho recipiente!
Exu pode ter matado um pássaro ontem, com uma pedra que jogou hoje!
Se zanga-se, ele sapateia uma pedra na floresta, e esta pedra põe-se a sangrar!
Sua cabeça é pontuda e afiada como a lâmina de uma faca. Ele nada pode transportar sobre ela. Exu pode também ser muito malvado, se as pessoa se esquecem de homenageá-lo. É necessário, pois, fazer sempre oferendas a Exu, antes de qualquer outro orixá. A segunda-feira é o dia da semana que lhe é consagrado.



"Exu é o portador das orientações e ordens, é o porta-voz dos deuses e entre os deuses. Exu faz a ponte entre este mundo e o mundo dos orixás, especialmente nas consultas oraculares. Como os orixás interferem em tudo o que ocorre neste mundo, incluindo o cotidiano dos viventes e os fenômenos da própria natureza, nada acontece sem o trabalho de intermediário do mensageiro e transportador Exu. Nada se faz sem ele, nenhuma mudança, nem mesmo uma repetição. Sua presença está consignada até mesmo no primeiro ato da Criação: sem Exu, nada é possível. O poder de Exu, portanto, é incomensurável"



Fonte: Lendas Africana dos Orixás, Agô Orixá  e Cultura Religiosa dos Iorubás.

domingo, 4 de junho de 2017

PREVISÃO DO IFATOLÚ PAI JORGE DE LOGUM EDÉ - DE JUNHO DE 2017 A JUNHO DE 2018!

Oguda-iwori ou Ogundafidi-iworijoko ou Ogunda-Olapo ou Ogundado


Este é o odu para o novo ano e é o único Odu reconhecido para o ano 2017/2018, qualquer outro odu é falso e não importa. Ogunda-Iwori vê as bênçãos de longa vida e bençãos de todas as coisas boas para nós a partir de agora até o ano que vem. 
Se disser que devemos fazer sacrifícios e dar ofertas a Esu, Ogun e Ori, para que possamos alcançar todos os desejos do nosso coração. Também Ifá conversando com as pessoas que vão para ekiti para enganar-se do traidor e voltar para a fonte para que eles não vejam a ira de ORUNMILA. Ifá também diz que, se estamos passando por qualquer tipo de dificuldades, devemos manter o foco e fazer as coisas certas que muito breve Esu nos trará nosso sucesso. Se disser que, temos alguém que esteja no leito da cama doente, devemos fazer com que essa essa pessoa, recupere sua boa saúde. AKUKO para Esu, AJA ou OBUKO para Ogun, EYE ETU para Ori. Eku, Eja, Obidie, Akuko e EYELE para o ebó. Abençoo a todos além da minha imaginação.....Irê ôooo



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Ele atenderá suas necessidades conforme orientação de Ifá. Pois Ifá tudo sabe!!!

"Ifá viu Olodum Marê o Deus supremo fazer o mundo e não se envolveu. Quando Olodum Marê procurou Ifá, Ifá disse o senhor não me consultou? Mesmo assim, Ifá não deixou Olodum Marê sozinho, continua guiando os filhos dele na terra! Então Ifá diz, que para tudo na terra tem uma resposta, tudo tem uma solução. Não existe problema que não tenha uma resposta."

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